domingo, 23 de janeiro de 2011

Descubram Cuzco!

Eu poderia citar inúmeros motivos para você se animar a conhecer o Peru, mas vamos começar pelo básico: o custo/benefício. Aliás, deveria ser benefício/custo. Se você é acreano, sorte sua. Se não é, não desanime. A TRIP tem frequências diárias para o Acre, a GOL e a TAM, também. E o Acre está se consolidando como uma excelente porta de entrada para o país vizinho. Comece visitando uma agência de turismo ou compre sua passagem pela Star Perú pelo site da empresa (www.starperu.com). Calculei com a data de partida para a próxima semana, ida e volta, e acredite, custa a bagatela de $ 243 ou R$ 413, calculando o dólar a R$ 1,7. Isso mesmo, com menos de R$ 500 você compra a passagem ida e volta para Cuzco e desembarca direto em solo andino. Ma-ra-vi-lho-so. Abençoada seja a Star Perú e o governo acreano por essa conquista.

A Praça das Armas. Linda. Monitorada por câmeras, assim como o entorno. Portanto, segura a qualquer hora. Rodeada por cafés, restaurantes e boates, você vai passar por ela de dia, noite, madrugada...

Certo. Agora que você já se virou para comprar a passagem, nem que tenha sido parcelada, você tem que saber o que fazer na cidade dos incas. Opção, creia, não falta. O que pode faltar é grana. Mas, acredite, com poucos soles no bolso você passa dias de rei.

Hospedagem - Existem hotéis e pousadas para todos os bolsos. Com $ 30 ou $ 40 você fica hospedado no arredores da Praça das Armas, num quarto para casal, com água caliente no chuveiro, frigobar e banheiro interno. Tem mais barato, tem mais caro. Em geral não vão faltar opções de hospedagem e guias te abordarão na porta do aeroporto com propostas tentadoras. Mas vale dar uma pesquisada entre os amigos ou na internet antes de embarcar. Se a ideia for mochilão mesmo tem os albergues com quartos coletivos que cobram a partir de $ 10. Se a grana tiver relativamente “sobrando” essa é uma oportunidade para se hospedar num hotel de luxo pagando um preço bem menor que os similares brasileiros.

Comida Essa parte é importante. Antes de conhecer o Peru eu achava que passaria fome em terras andinas. Sou meio chata pra comer e tô fora de aventuras gastronômicas em cardápios estranhos. Mas enganei-me redondamente. Come-se muito bem no Peru. Primeiro, mais uma vez, não faltam opções. A cada rua dezenas de restaurantes oferecem trutas, frutos do mar, comidas “crioulas” e massas, muitas massas. Em geral os peixes não acompanham arroz, só legumes, as massas são perfeitas e quando bater a saudade de casa o mais próximo do nosso costume é o Lomo Saltado: tirinhas de filé refogadas com cebola e tomate, servidas com arroz e batata-frita.

Não se preocupe. Fome é uma coisa que você não vai passar em Cuzco. Aliás, a cidade está na rota gastronomia chique e cara. Esqueça os "chincharrones" que pingam óleo nas calçadas das ruas menos movimentadas. Vá de frutos do mar, massas maravilhosas ou lomos (filé bovino). Se tudo mais falhar, peça pizza, são sempre ótimas no Peru.
Passeios - Eu sempre digo que Cuzco é, na verdade, um grande museu a céu aberto. Caso você não tenha tempo, dinheiro ou disposição para ir a Machu Picchu (passeio que dura, pelo menos, um dia inteiro) vale conhecer os museus e ruínas na cidade e arredores, e claro, bater muita perna pelas ruas de pedra. Uma opção legal é comprar um city tour, desses vendidos aos montes ao redor da Praça das Armas. Você vai ter transporte e guia para os pontos turísticos. O city tour é bem barato, coisa de 15 ou 20 soles.

Eu não recomendo conhecer uma cidade e não conhecer seu mercado central. Dá pra ir a pé a partir da Praça das Armas, mas vale lembrar que táxi é quase de graça por lá. No mercado tem de frutas locais a oferendas pra Pachamama.



Mas é preciso comprar o boleto turístico para ter acesso aos lugares. Você pode compra-lo no Centro de Informações Turísticas, que funciona na prefeitura, ou nos próprios pontos turísticos. O boleto custa entre 70 e “cento e poucos” soles (acho que paguei 110 soles na última vez). Você vai precisar deles até para entrar nas igrejas mais famosas. Pronto. Você já pode dizer que conhece Cuzco. Outra opção é comprar o city tour para o Vale Sagrado. Dura um dia inteiro e passa por ruínas e pelo mercado de Pisac. Vale a pena conhecer.


Qoricancha visto pelo lado da Igreja. Os espanhóis destruíram o maior templo inca para construir uma igreja católica por cima. Super recomendo o passeio. Comece pelo museu, do outro lado da quadra. Com o boleto turístico na mão (o meu eu comprei lá mesmo) você entra e paga em torno de 10 soles para os guias que ficam na entrada do museu (isso se não optar pelo city tour, que já inclui o guia).

Bom, com o tempo que sobrar entre um passeio e outro, eu sugiro que você gaste conhecendo as ruelas de Cuzco. Algumas são caminhos incas originais. Outra dica é bater papo com os cusquenhos, que são bem simpáticos e tratam muito bem os brasileiros. As noites são agitadas e verdadeiros convites à diversão. Não esqueça de não abusar muito dos esforços físicos. A altitude não vai te deixar esquecer esse detalhe.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

TRIP Linhas Aéreas lança nova rota para o Acre


A TRIP Linhas Aéreas amplia sua malha aérea com o lançamento de nova rota de Rio Branco / Porto Velho (RO) / Belo Horizonte (MG) / Curitiba (PR) / Florianópolis (SC). Pela primeira vez um voo irá diretamente Rio Branco a Belo Horizonte com uma única escala em Porto Velho.
As frequências dos voos que interligarão Rio Branco a outras importantes capitais brasileiras serão diárias e vespertinas, com tarifas promocionais a partir de R$ 59,90 (Rio Branco – Porto Velho). Os voos da nova rota serão operados pelo Jato Embraer 175, aeronave com capacidade para 86 lugares. O modelo da fabricante brasileira é ideal para a operação do trecho, por oferecer espaço confortável entre as poltronas, baixo ruído, além de ser ideal para pouso nas pistas médias características dos aeroportos da Região Norte.
“A nova linha terá impacto muito positivo para a economia e turismo em Rio Branco por promover a interligação da cidade com importantes capitais do País. Algumas particularidades da região Norte, como a presença expressiva do transporte fluvial e rodoviário e o conseqüente tempo expressivo de deslocamento tornam a área importante para as operações aéreas da TRIP”, explica Evaristo Mascarenhas de Paula, diretor de Marketing e Vendas da companhia aérea.
“O objetivo da TRIP é promover com excelência e rapidez a conexão das grandes e médias cidades ao interior do Brasil, beneficiando tanto executivos em trânsito, como passageiros a lazer e habitantes das cidades circunvizinhas”, observa o executivo, que conclui: “conhecemos bastante as necessidades do Brasil, e especial da região Norte, onde voamos para 24 destinos. Sabemos da importância de uma rota como a que estamos lançando para o Acre”.
A TRIP Linhas Aéreas já opera atualmente em 81 destinos em todas as regiões do País. No Acre, a companhia aérea voa desde Janeiro de 2010 o trecho Cruzeiro do Sul / Rio Branco / Porto Velho / Manaus. As passagens dos novos voos já estão disponíveis para venda, e podem ser adquiridas nas agências de viagens credenciadas, pelo portal www.voetrip.com.br, nos aeroportos ou na Central de Vendas 0300 789 8747 ou 3003 8747 (regiões metropolitanas).


HORÁRIO LOCAL DE VOOS – RIO BRANCO
Rio Branco – Porto Velho
Domingo a Quinta-feira e Sábado
Saída 14h12, chegada 15h07 
Porto Velho – Confins
Domingo a Quinta-feira e Sábado
Saída 15h37, chegada 19h52
Confins – Curitiba
Domingo a Quinta-feira e Sábado
Saída 20h48, chegada 22h23 
Curitiba – Florianópolis
Domingo a Quinta-feira e Sábado
Saída 22h53, saída 23h23
Florianópolis - Curitiba
Domingo a Sexta-feira
Saída 5h45, chegada 6h23 Curitiba – Confins
Domingo a Sexta-feira
Saída 6h53, chegada 8h18 
Confins – Porto Velho
Domingo a Sexta-feira
Saída 9h32, chegada 11h50

Porto Velho – Rio Branco
Domingo a Sexta-feira
Saída 12h20, chegada 13h20
(Fonte: Brasilturis)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Cusco, da gastronomia às compras



Esqueça tudo o que já ouviu falar sobre a gastronomia peruana e se entregue a uma aventura gastronômica na cozinha cusquenha. Colorida, saborosa e picante. Estas talvez sejam as características mais marcantes da culinária do Peru, que sofreu influências espanholas, africanas, andinas, chinesas, italianas e japonesas. Lima, capital do país, é considerada também a capital gastronômica da América Latina. Cusco, um dos destinos peruanos mais visitados em função de ser o acesso para Machu Picchu, está repleta de bons restaurantes. Difícil é escolher, entre tantas opções.

Além da culinária regional, crioula, como chamam, também é fácil encontrar a cozinha novoandina, com toques contemporâneos. Outro sabor que marca o Perú é o de suas massas. A influência italiana na gastronomia é muito forte e praticamente todos os restaurantes servem massas e pizzas. Deliciosas, por sinal.

Os valores das refeições variam de acordo com o lugar, mas em geral os pratos custam entre S./10 e S./20, no valor da moeda peruana. No cambio feito ao redor da Praça das Armas cada real é trocado, em média, por 1,35 nuevo sol, a moeda oficial do país. Mas, no cambio oficial, o real vale pelo menos R$ 0,30 a mais do que os cambistas pagam. Uma opção para não perder dinheiro é pagar a conta com cartão de crédito internacional. Agora, se você quiser experimentar os pratos gourmet, em ambientes decorados com requinte, não vai pagar um valor exorbitante por isso. Ao contrário, além de saborosa ao paladar, a alta culinária cusquenha também tem preço agradável ao bolso.


Um bom lugar para experimentar pratos que vão da culinária crioula, como o cebiche, pedaços de peixe cozidos no suco de limão, a carne de alpaca – nobre e sem colesterol – é o Tupananchis Restaurante- Lounge. A carta é preparada pelos proprietários, Julio e Gisele Rozas, e traz um cardápio mais contemporâneo, como o ambiente em tons de vermelho com luz difusa. “Oferecemos uma cozinha européia com produtos regionais em pratos como o nhoque de lomo e o ravióli de cuy – a fusão da gastronomia italiana com a peruana. Aqui os clientes podem desfrutar tanto ambiente interno, quanto do externo, para tomar um vinho na varanda, observando o movimento do fim de tarde”, disse Julio.

Aliás, os restaurantes cusquenhos são tão agradáveis que a comida corre o risco de virar coadjuvante no cenário. Além dos ambientes aconchegantes, com iluminação confortável, a trilha sonora é um show a parte. E não se assuste se começar a ouvir música brasileira com certa frequência. Os peruanos amam a musicalidade do Brasil e são fãs da bossa nova, do rei Roberto Carlos e do samba.



Pisco + Cusco = Piskuo

Quatro sócios, um sonho, localização privilegiada, meio milhão de dólares e o melhor arquiteto peruano, Jordi Puig. Acrescente um ano de reforma, decoração colonial com toques contemporâneos, suntuosas cortinas de veludo vermelho, luz de velas. Misture tudo, sem esquecer uma generosa carta de vinhos internacionais – com 170 etiquetas –, drinks exclusivos e o melhor sabor da culinária novo andina. O resultado desta combinação é um bar restaurante com três requintados e aconchegantes ambientes, permeados por uma atmosfera intimista que envolve os clientes. Bem-vindo ao Piskuo, um espaço inaugurado há três meses, ao lado da catedral cusquenha.



O nome do restaurante é a junção de dois símbolos do Peru: Pisco e Cusco. A cozinha é comandada pela chef Ana Patrícia Portocarrero, formada pela unidade da Cordon Bleu em Lima. No cardápio, além dos tradicionais pratos da culinária peruana, entre eles o lomo saltado – tiras de filé com tomate e cebola, servidas com batata-frita e arroz – cebiche, ají de galinha e taco taco, há pratos com ares modernos e temperos clássicos da cozinha do Peru.

“Aproveitamos todos os ingredientes da nossa cozinha, as raízes dos pratos e criamos os pratos com técnicas gourmet, com o cuidado para que eles não deixem de ser regionais”, disse um dos sócios, Walter.

A idéia dos sócios, aliás, é espalhar o Piskou pelo mundo, seja por franquias ou sociedades. Em maio, um dos proprietários deve vir ao Acre para conhecer o Estado e a potencialidade para a abertura de uma unidade em Rio Branco.


Um drink pra distrair

A bebida mais famosa do Peru é, sem dúvida, o Pisco Sour, um drink – ou trago, na língua hermana – preparado com pisco, uma espécie de cachaça de uva – limão e clara de ovo. O pisco, aliás, faz parte de boa parte das combinações na carta de drinks dos restaurantes. O Tupananchis tem pelo menos 12 “atrações” diferentes, entre eles o Piscopolitam, uma versão peruana para o famoso drink do seriado americano Sex and City. Maracujá, abacaxí e laranja também fazem parte dos “ingredientes”, ao lado de frutas exóticas peruanas. O mojito ganhou versão com maracujá no Piskou, ao lado da chincha e das amêndoas, que também ganharam drinks especiais.


Com ou sem agência?

Para ir a Cusco você tem várias opções. Desde botar a mochila nas costas e partir pela estrada até contratar o conforto e a segurança oferecidos pelas agências de turismo. Uma alternativa é ir por conta e contratar os serviços de uma agência em Cusco. Não esqueça de observar se ela tem pelo menos duas autorizações penduradas nas paredes (a licença municipal e do órgão de turismo) ou bem a vista dos clientes. A Peru Travel & Adventure e a Quéchuas Agencia de Viajes y Servicios são duas agências peruanas acostumadas a trabalhar com o público brasileiro, em especial os acreanos. São especializadas em turismo receptivo e oferecem desde city tours em Cusco a excursões para Machu Picchu e todos os destinos turísticos peruanos.

Agora, se você não se sentir seguro para embarcar nessa viagem sem alguém que lhe espere no aeroporto segurando uma plaquinha com o seu nome, e faça todas as reservas por você, vale a pena investir nos pacotes das agências de turismo. “A grande vantagem é a segurança, a pontualidade nos serviços e a garantia de execução do contrato. Nós disponibilizamos os vouchers antes do cliente embarcar, por exemplo. Ele sempre terá alguém esperando por ele, responsável pelo transporte até o hotel, aos passeios”, disse José Raimundo Morais, presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV/AC) e da Adetur (Agência de Desenvolvimento do Turismo da Macrorregião Norte).


Onde ir?

Alguns lugares são quase que parada obrigatória para os turistas: os mercados de artesanato, a Praça de Armas, o Qoricancha, o Vale Sagrado. Confira os principais:


Praça de Armas – Chamada de “Hucayapata” (lugar de choro, por ser o ponto de despedida dos viajantes, no tempo do império inca), foi cenário importantes acontecimentos históricos e cerimônias sagradas.
 A Catedral – Sua construção iniciou a partir de 1560 e durou 113 anos devido aos constantes terremotos. Esteticamente não é a mais bela e nunca chegou a ser terminada como planejada, mas sua maior importância está no acervo de pintores da escola cusquenha e pintores europeus. Foi construída sobre pedras incas.


Qoricancha – Era o templo mais importante dos incas em Cusco, para o culto ao Sol, e boa parte dele era coberto por ouro. Os espanhóis saquearam o templo e sobre as ruínas ergueram o Convento de Santo Domingo.


San Blas – O charmoso bairro, com suas ruas estreitas, guarda inúmeras lojas de artesanatos, hotéis e restaurantes. Nele está a famosa pedra dos 12 ângulos.


Sacsayhuamán – Cusco tem o formato de um puma e as ruínas de Sacsayhuamán representavam a cabeça do animal. As pedras do local têm até 9 metros de altura e pesam até 350 toneladas.


Mercado de Artesanato – Localizado na Avenida El Sol, é um bom lugar para comprar artesanatos a preços mais acessíveis. Lá você encontra de prataria a tapetes.


Vale Sagrado – As cidades que se localizam ao longo do rio Urubamba também escondem grandes atrações turísticas. O passeio dura um dia inteiro. Aos domingos o turista aproveita o mercado de Pisac para comprar artesanatos e conhecer um pouco da cultura local.


Noite cusquenha – Cusco é uma cidade que nunca dorme. Seus bares, restaurantes, pub e boates são bem frequentados todos os dias da semana – e animadíssimos por sinal. Na maioria das boates você entra sem pagar o ingresso e ainda ganha um drink. O som que embala as noites de Cusco vai da salsa à música eletrônica. A maioria das casas noturnas funcionam ao redor da Praça de Armas. Na alta temporada, os finais de semana do Piskou ganham festa no terraço, que fica bem ao lado da cúpula da Catedral.

Fotos Angela Peres

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cusco. Você vai se apaixonar por ela



Um povo simpático, uma cultura viva, uma história fascinante. Ruas e caminhos que escondem em suas pedras os mistérios de uma civilização que, milhares de anos depois, ainda encanta e surpreende. Você pode ter muitos motivos para visitar Cusco, capital do império Inca, um dos destinos turísticos mais procurados em todo o mundo, mas, talvez a melhor de todas as razões seja o bolso: Cusco faz parte de um roteiro internacional com preços bem acessíveis para os brasileiros, principalmente para os acreanos, que estão na fronteira com o Peru.

Caminhar pelas ruas de pedra e pelos antigos caminhos incas – e você não precisa ir a Machu Picchu a pé para experimentar isto, tem ruas estreitas dentro da cidade que são antigas trilhas que os nativos faziam – é uma das melhores formas de descobrir Cusco. E não precisa ter pressa para essa descoberta. Cusco é um verdadeiro museu a céu aberto, com sítios arqueológicos por todos os cantos e ruínas de muros incas que você logo aprende a reconhecer e distinguir das construções espanholas.

Os espanhóis, aliás, chegaram à cidade por volta de 1530, destruíram boa parte dos templos e construções incas e sobre as ruínas construíram suas igrejas, na tentativa de impor a cultura espanhola aos nativos. Conhecer toda esta história sem envolver-se pela energia que rege a cidade é um desafio aos turistas, todos fascinados pela sensação de estar revivendo parte de costumes milenares, caminhando por lugares que guardam mistérios não decifrados milhares de anos depois.

Cusco é uma cidade milenar. Berço do império inca, esconde mistérios em cada uma de suas ruas. Uma curiosidade é a Avenida El Sol, uma das principais, que antigamente era um rio chamado Saphy (raiz, em quéchua). Hoje ele passa por baixo da avenida, que antes se chamava Mutu Chaka (Ponte Quebrada). Cada cidade peruana tem uma praça principal, chamada de Praça das Armas. Cusco é dona de uma das praças mais bonitas do país, que, antigamente, se chamava Lugar de Tristeza (Haucaypata), pois era um ponto de despedida dos viajantes do território. E, como tudo no império inca tem seu complemento, também havia a Praça da Alegria, que hoje é conhecida como Regozijo. Estas são apenas algumas das curiosidades que formam Cusco, que nem de longe é apenas um lugar de acesso a Machu Picchu, uma das sete novas maravilhas do mundo.

Mas, porquê ir a Cusco?

O Peru recebe milhões de turistas, de todas as partes do mundo, todos os anos. E boa parte deste fluxo passa por Cusco, para visitar Machu Picchu, que esteve fechada por dois meses por conta das fortes chuvas que destruíram casas, derrubaram pontes e descarrilharam os trilhos dos trens que ligam Cusco ao sítio arqueológico. Mas, Cusco não é apenas Machu Picchu e guarda mais de uma dezena de ruínas ao redor da cidade, que contam histórias tão interessantes quanto as de Machu Picchu. 
                                                                                        Angela Peres


A cidade tem vários museus e um dos mais interessantes é o do sítio arqueológico do Qoricancha que revela as maravilhas do templo de culto ao Sol, segredos da medicina, cerâmicas. 

Mercados de artesanatos, o colorido Praça das Armas de dia e a imponência dela à noite, o clima romântico, a atmosfera de encanto, o charme do bairro de San Blas, o sincretismo das igrejas, o paladar de uma das gastronomias mais ricas do mundo. O agito das noites cusquenhas, com seus cafés, bares, restaurantes com ambientes decorados com elementos que nos remetem sempre a uma viagem à parte. Motivos para visitar Cusco não faltam. Como também não vão faltar razões para voltar à cidade chamada de umbigo do mundo.




Leia antes de embarcar:

Hospedagem

Para se hospedar em Cusco, vale o ditado “seu bolso será seu guia”. Há pousadas com banheiros coletivos, hotéis de categoria turística e o luxo de hotéis boutique. Os valores variam entre $ 10 e $ 1000 a diária. Você pode pesquisar opções de hospedagem na Internet ou pedir para que uma agência de viagens faça as reservas, mesmo que não feche um pacote integral. A Maanaim Amazônia, Morais Tour, Nilcestur e Kampa são algumas das agências que têm parceria com agências peruanas.


Clima

O clima em Cusco é geralmente seco e temperado. Tem duas estações definidas: uma de secas entre abril e outubro, com dias ensolarados, noites frias e temperatura média de 13 °C; e outra chuvosa, de novembro a março, temperatura média de 12 °C. Nos dias ensolarados a temperatura alcança 20 °C.


Transporte

O melhor de Cusco é percorrer suas ruas a pé. Mas, se precisar pegar táxis não se preocupe. A maioria das corridas custam entre 2 e 5 Soles.


Língua

A língua oficial é o espanhol e os brasileiros, em geral, não sentem tanta dificuldade em se comunicar. Não é difícil encontrar garçons, taxistas e guias falando português, embora a língua espanhola não seja uma barreira. Em geral, se entende bem o que los hermanos peruanos falam, especialmente quando falam devagar. O inglês também é uma língua bastante falada.

Mal de altitude

Cusco está a 3.400 metros de altitude e os visitantes podem sentir tonturas, dores de cabeça, ânsia de vômito e outros sintomas. O mal estar se chama mal de altitude, o soroche, e tem até pílulas para combate-lo, vendida nas farmácias peruanas. Para evitá-lo, o turista deve repousar assim que chegar à cidade: nada de sair pelas ruas de pedra batendo perna. É necessário esperar algumas horas até que o organismo se adapte ao novo ambiente. Chá de coca, servido nos hotéis para os recém-chegados, ajuda o corpo a não reagir à altitude. Não esqueça de comer apenas alimentos leves e maneirar na bebida alcoólica no primeiro dia. Calma, a viagem está apenas começando.


Moeda e cambio

O “nuevo sol” (plural: “soles”) é a moeda oficial do país e entrou em circulação em 1991. Também é bem fácil pagar as contas com dólar, aceito em restaurantes, lojas e hotéis. 1 nuevo sol = 100 cêntimos. No câmbio oficial (na primeira semana de abril) R$ 1 equivalia a 1,61 nuevo sol. Nos cambistas ao redor da Praça das Armas ou espalhados ao longo da avenida El Sol cada real é trocado por até R$ 1,35. Outra opção é sacar o dinheiro através dos caixas eletrônicos com cartão internacional.


Cartão de crédito

Se você não conseguir sacar nos caixas eletrônicos 24h com bandeiras internacionais, pode ir a um dos bancos que operam no Peru, apresentar o cartão de crédito e o passaporte ou RG. Eles consultam o banco brasileiro e sacam o dinheiro direto da conta, cobrando uma pequena. Pode ser mais vantajoso que trocar a moeda com os cambistas. Falando em cartões de crédito, aproveite para levar dois ou três cartões (tarjetas, em espanhol), de preferência de bancos diferentes. Nem sempre o Banco do Brasil coopera com os turistas brasileiros e você pode ficar na mão, sem conseguir sacar.


Vacina

A vacina contra febre amarela não é mais exigida para entrar no país. Mas, precaução nunca é demais. A vacina é válida por dez anos e oferecida gratuitamente nos postos de saúde. Lembre de trocar a carteira nacional pela internacional na Vigilância Sanitária.


Documentos

Para quem vai cruzar a fronteira de carro é bom passar antes no Consulado do Peru no Acre (Rua Maranhão, 280, Bosque, Rio Branco) e solicitar um Salvo-conduto. O documento é gratuito. Brasileiros e peruanos podem transitar portando passaporte ou Carné de Extranjería. O RG também é aceito sem problema algum, desde que em boas condições de conservação e com até dez anos de emissão. Carteiras profissionais ou de habilitação não são aceitas.


Alimentação

Ao contrário do que se pensa, a gastronomia peruana é deliciosa. Com influências andinas, espanholas, africanas, chinesas, italianas e japonesas, os pratos servidos são um verdadeiro convite ao bom paladar. Os pratos têm um toque apimentado, sabor característico do país. A maioria dos pratos levam peixe ou frango, sempre acompanhados por legumes ou batatas-fritas. Arroz é algo raro de ser encontrar nos cardápios. Quem quiser um bom e velho filé em tiras com arroz e batata-frita pode pedir um lomo saltado sem medo de errar. E para quem gosta de massas, o Perú é um destino saboroso. Praticamente todos os restaurantes servem massas e pizzas.

Como chegar

Ao Acre:

Linhas rodoviárias diárias procedentes de São Paulo, Brasília e Porto Velho (Rodoviária: + 55 (68) 3221 – 4434).

Conexões aéreas diárias pela Gol, Trip e Tam.

Ligação rodoviária com Rondônia através da Br 364.



A Cusco:

Ligação rodoviária através da Estrada do Pacífico. Todo o trecho brasileiro está pronto e no trecho peruano faltam menos de 100 quilômetros de pavimentação asfáltica, mas, mesmo em obras, a estrada é totalmente trafegável, inclusive por carros de passeio, embora seja mais adequado veículos com tração.

Linha rodoviária diária operada pela Movil Tour para Porto Maldonado (em média 7 horas de viagem a partir de Rio Branco, R$ 70), onde você pode pegar o voo para todas as cidades peruanas, ou direto para Cusco (R$ 114, mas é necessário pernoitar em Porto Maldonado para trocar de ônibus, procedimento que vai perdurar até a finalização da estrada.

Conexão aérea operada pela Star Perú, com duas saídas semanais, às segundas e quintas-feiras. Passagens são vendidas pelas agências acreanas parceiras da Morais Tour, representante oficial da companhia no Acre.

Fotos: Tatiana Campos, Angela Peres e Gleilson Miranda

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cusco quer promover o turismo no Acre

A Dircetur Cusco, um órgão descentralizado do Ministério do Comércio Exterior e Turismo do governo Peruano, estuda a possibilidade de instalar um escritório no Acre para promover o turismo e apoiar o voo internacional entre Rio Branco e país vizinho, operado pela Star Perú. A notícia foi divulgada nos jornais peruanos esta semana.
"O voo Cusco/Rio Branco é extremamente importante e acontece num momento histórico para a região porque vai nos permitir captar um fluxo de turismo bastante interessante, que pode nos unir com outros estados que têm potencial turístico", disse o diretor da Dircetur Cusco, Victor Pérez Zevallos.
Para Zevallos, o caminho para atender este mercado é oferecer os produtos turísticos relacionados aos sítios arqueológicos combinados com neve e turismo místico. "O Governo Regional pretende, de fato, abrir um escritório de informações turísticas do lado brasileiro para que se comece a promover de forma ativa todo o nosso patrimônio, consolidando o Acre como uma nova porta de acesso a todo o turismo peruano".
O voo Rio Branco/Cusco Lima é operado pela empresa peruana Star Perú. As passagens podem ser compradas nas agências parceiras da Morais Tour, que é a representante da companhia no Acre. O valor da passagem fica entre R$ 500 e R$ 600, ida e volta, com as taxas de embarque e impostos.

Toda a Amazônia será beneficiada pelo voo

Para o presidente da Adetur (Agência de Desenvolvimento do Turismo na Macrorregião Norte), José Raimundo Morais, o voo vai auxiliar na consolidação da Rota Internacional Amazônia Andes Pacífico e promover, com mais facilidade, o turismo para o Peru através do Acre, consolidando o estado como uma das principais portas de entrada para o país vizinho, já que a única conexão aérea que existia era através de São Paulo/Lima. "Estamos trabalhando para desenvolver e promover a rota com os outros estados da Amazônia. O potencial turístico é muito grande e precisamos canalizar este fluxo para consolidar o voo, a rota internacional e turismo como um todo", explicou.
Para Moraes, o voo direto entre Rio Branco, Cusco e Lima traz uma oportunidade ímpar para o Estado, que está puxando todo o processo de integração. "A conectividade com os outros estados, como Amazonas, Rondônia e Pará, é que vai valorizar e garantir o voo internacional. Não estamos falando de uma ligação do Acre com o Peru, mas com toda a Amazônia. Só existem no Brasil as ligações com o Perú através de São Paulo e, agora, do Acre".

Índio quer turista


Natureza, energia, cultura. A paz e o mistério dos sons da floresta. A troca entre os povos. A renovação de um banho de rio. O flagra de animais selvagens. É difícil dizer o que se pode esperar de uma visita a uma aldeia indígena. A garantia que o turista tem é de que ele terá uma experiência única. E para quem quiser se lançar numa aventura como esta, bem-vindo ao etnoturismo acreano.

Apesar de recente, o turismo indígena tem atraído adeptos do Acre, do Brasil e do mundo. E para 2010 o setor aposta numa intensa movimentação em torno das duas principais aldeias abertas para a atividade: a Nova Esperança, na Terra Indígena do Rio Gregório, dos Yawanawá, e a Apiwtxa, no rio Amônia, no município de Marechal Thaumaturgo, dos Ashaninkas. Os índios Kaxinawá do rio Jordão também estão de olho no segmento e abrem as portas para receber visitantes este ano, com uma programação cultural que promete atrair os turistas encantados pelos rituais xamânicos.
Se você se interessou é bastante provável que viva experiências inesquecíveis, pois a emoção dita os passos dos turistas. Mas não espere encontrar nas aldeias índios semi-arredios de flechas em punho ou com uma cultura original intacta. O contato com o branco, explica o secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Cassiano Marques, aconteceu há várias décadas e hoje os índios não vivem isolados em suas aldeias: vêm à cidade, utilizam internet e vivem a consequência deste contato. Mas, no Acre, você pode experimentar "o caminho" de volta às origens. "Aqui os indígenas estão há algum tempo fazendo um resgate de suas histórias, culturas, costumes, e trabalham, com o apoio do Governo, para fortalecer estas raízes. Um exemplo é o Festival Yawa que acontece em outubro, nos Yawanawás, um momento em que eles vivem sua cultura de forma bastante intensa e param as atividades da aldeia para celebrar isso, resgatar os hábitos de antigamente".

Experiências únicas
Quem tem as portas abertas para os visitantes há mais de 15 anos são os Ashaninkas, embora só agora estejam estruturando o turismo na aldeia. O público é formado por pesquisadores, ambientalistas e outras pessoas que tenham ligação com a preservação da natureza e a cultura indígena. “Mas o povo Ashaninka não faz do turismo uma fonte de renda como principal motor econômico da aldeia. Também estamos abertos ao turismo tradicional, mas a princípio é necessário passar por uma avaliação de interesses antes de ser autorizado a entrar na Terra”, explica Francisco Pianko, do povo Ashaninka, que também é Assessor de Povos Indígenas do Governo do Estado.
Pianko explica que só agora o enfoque sobre o tema tem caminhado para o setor do turismo. “Há uma preocupação na aldeia, e o Governo do Estado através da Setul, tem nos apoiado nisso, para a estruturação desta atividade nos padrões turísticos. Mais de 80% das pessoas que vão a Marechal Thaumaturgo são atraídas pelos Ashaninkas”, disse Pianko.
E a experiência de visitar a Apiwtxa, garante o indígena, é de uma riqueza cultural imensa.
Os Yawanawás desenvolveram um calendário de visitações que pode ser consultado através da Maanaim Turismo, operadora oficial. E os visitantes podem escolher, inclusive, passar o reveillon na aldeia Nova Esperança, na Terra Indígena do Rio Gregório, em Tarauacá.
“Visitar os Yawanawás, e principalmente participar do festival que acontece em outubro, é uma experiência inesquecível, de cultura, de contato com a natureza, de vivências”, disse João Bosco, operador de turismo.

Contrato ético deve ser pactuado antes da visitação
O secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Cassiano
Marques, explica que para o turismo acontecer nas aldeias a iniciativa precisa partir da própria comunidade e o Estado entra apenas para ajudar na organização e estruturação da atividade. “A relação comercial também precisa ser baseada no foco de fortalecer as organizações, nunca indivíduos. Todos os pacotes têm uma taxa de visitação embutida e esta renda é revertida para projetos coletivos e despesas com os turistas durante a visita”, explicou.
O turismo indígena não é um produto de massa e requer um contrato ético que precisa ser respeitado. Antes de arrumar a mochila e partir pra uma terra indígena é preciso estar ciente de alguns cuidados que deverão ser respeitados e sobre como é o modo de vida nas aldeias. Em outras palavras: você não vai para um hotel de selva. Precisa levar, entre outras coisas, sua própria roupa de cama, e não pode querer bancar o professor de novos costumes. A cultura indígena deve ser respeitada sem questionamentos.
“O turista deve procurar vivenciar a experiência sem interferir com os seus valores, que não devem, em momento algum, serem comparados ou compartilhados para serem seguidos pela comunidade. Também é preciso se portar devidamente nos banhos de rio e no convívio com a realidade

Turistas precisam respeitar calendário
Uma das preocupações de Pianko enquanto assessor de Governo é que as visitas turísticas não interfiram de forma constante nas rotinas da aldeia. “Por isso há toda uma preocupação na hora de montar o calendário de visitação. O turista não vai simplesmente na hora que quer, é preciso respeitar um calendário que foi montado com base nas atividades da aldeia e acompanham os festivais, plantações e outros momentos importantes da comunidade indígena”, explicou o operador de turismo João Bosco, da Maanaim Amazônia, operadora credenciada junto aos Yawanawás.


Quem leva
A Maanaim Amazônia é a operadora oficial do etnoturismo no Acre e a única credenciada junto aos Yawanawás e Kaxinawás. Ela organiza os grupos e está em contato permanente com as aldeias. Há uma programação fechada de acordo com as atividades indígenas. Contato: contato@maanaim.amazonia.com ou 55 68 3223-3232 ou 55 68 9971-3232.

O que levar
Repelente
Roupas leves
Protetor solar
Chapéu
Sapatos para caminhada na mata
Roupas de banho
Máquina fotográfica
Alimentos como barras de cereais para os intervalos entre as refeições
Roupas de cama e banho

Recomendações
A cultura dos visitantes é uma e dos visitados outra, completamente diferente. O turista será orientado a não tentar compartilhar ou impor sua cultura aos índios. Outros cuidados também são importantes. “Não é porque uma índia de determinada etnia não usa blusa que a turista não vai usar. Isso não faz parte da cultura dela, apenas da cultura indígena e deve ser totalmente evitado.

Fotos Onofre Brito, Agência de Notícias do Acre

terça-feira, 6 de abril de 2010

Grupo de 400 estudantes bolivianos escolhe Acre para passeio turístico

A proximidade e os mistérios da selva amazônica chamaram a atenção de um grupo de turistas bolivianos, que resolveram trocar o roteiro que faziam tradicionalmente - Foz do Iguaçu, Florianópolis, Balneário Camboriú - pelo Acre. Em dezembro um grupo de 400 estudantes secundaristas de uma escola de La Paz, capital da Bolívia, chegam ao Estado para conhecer Rio Branco, Xapuri e Porto Acre.
Os turistas farão o percurso de ônibus, e serão divididos em 12 grupos, que só se encontrarão durante os jantares. Eles conhecerão seis itinerários, entre eles os seringais Bom Destino, em Porto Acre, e o Cachoeira, em Xapuri. 
Os turistas foram atraídos pela Rota Internacional Amazônia Andes Pacífico, que integra os destinos do Acre, Peru e Bolívia de acordo com as necessidades ou preferências dos clientes. A rota tem sido cada vez mais procurada nas prateleiras das agências nacionais e dos países vizinhos.
A participação do Acre em feiras de turismo tem trazido bons frutos para o setor. A partir das rodadas de negócio realizadas na Feira Internacional do Turismo, que aconteceu em Tarija, este mês, o Estado fechou parceria com uma grande operadora boliviana, o que vai possibilitar a vinda dos estudantes bolivianos ao Acre.
"São estudantes de uma escola de La Paz, entre 17 e 18 anos, que, historicamente, encerram o ano com uma grande viagem. Eles conheceram os nosso roteiros durante a rodada de negócios e se interessaram bastante, tanto que agora eles vêm ao Acre. A participação na feira foi extremamente proveitosa, uma prova de que o Estado tem potencial para o turismo. Eu fui para a feira para conhecer o destino, não esperava um negócio tão bom", disse o empresário João Bosco, da Maanaim Turismo.
Durante a FIT mais de 10 mil pessoas passaram pelos stands, incluindo operadores de turismo e todo o trade da Bolívia, Argentina, Chile, Peru, Paraguai e Brasil. A abertura do evento, contou com uma noite brasileira, promovida pela Embratur, para divulgar o país para mais de 500 participantes, onde o secretário de Turismo acreano, Cassiano Marques, falou sobre as ações para promover a Rota Internacional Amazônia Andes Pacífico e as novas conexões aéreas entre a Bolívia e o Peru.

Sobre a Rota Amazônia Andes Pacífico 

A Rota Internacional Amazônia Andes Pacífico é a integração dos roteiros disponíveis no Acre, Bolívia e Peru, num contexto em que o turista escolhe os destinos que mais lhe agradam nos três países. As opções são inúmeras e o Acre se colocou no centro da rota de forma estratégica, sendo o principal articulador da iniciativa.
A rota já está sendo comercializada pelas agências de turismo acreanas, bolivianas e peruanas e para fortalecê-la, foram criadas as conexões aéreas entre os três países. O voo Rio Branco/Cusco/Lima inicia sua operação, através da Star Perú, no próximo dia 1º. Os voos entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa, no Peru, e entre Rio Branco e La Paz, na Bolívia, devem acontecer ainda no primeiro semestre deste ano.
Para oferecer aos turistas interessados o Acre tem as rotas Caminhos de Chico Mendes, Caminhos da Revolução, nas agências de turismo.
Texto: Tatiana Campos
Fotos: Agência de Notícias do Acre